06
fev
em pequenas comunidades, os consumidores e produtores se conhecem e muitas vezes se visitam. quem compra pode escolher os seus fornecedores baseado em uma relação de confiança, tipo olho no olho, e pode conhecer até as histórias da produção daquilo que está comprando.
o crescimento das cidades transformou o alimento em um produto de origem desconhecida. não se sabe nada a respeito de um produto além da aparência e do preço. os resultados desta relação de compra anônima foram o desenvolvimento de produtos apenas lindos, pois o produtor percebeu que a aparência era o mais importante para melhorar o preço em qualquer produto. qualidades como sabor, valor nutritivo, ausência de contaminantes químicos ou biológicos são muitas vezes negligenciadas em relação à aparência e à produtividade.
o movimento orgânico surgiu como uma reação ao modelo de produção químico-industrial que usa intensivamente o petróleo e produtos químicos para a produção de alimentos cada vez mais bonitos e mais baratos. baratos para quem vende, porque a natureza paga uma conta bem alta: alto uso de combustível fóssil, erosão e esterilização do solo, contaminação das águas e dos alimentos são alguns dos prejuízos.
o foco da produção orgânica é a vida do solo. fertilidade, saúde das plantas e produtividade são consequências naturais do solo vivo.
como o produto orgânico vale mais, muitos produtores convencionais querem o diferencial de preço mas não querem abrir mão do uso de adubo químico, da monocultura, da falta de diversificação, dos hormônios e dos antibióticos.
as certificadoras vieram para conferir se a prática agrícola da propriedade é socialmente justa e ecologicamente correta, dentro de normas pré estabelecidas por lei.
nós, na fazenda Luiziania somos certificados pelo IBD desde 2001 e só comercializamos produtos de terceiros que também sejam certificados.
desde 2007 as certificadoras são fiscalizadas pelo MAPA (ministério da agricultura), que monitora a qualidade da auditoria.
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