existem várias receitas de massa com cavolo nero. a idéia básica é sempre a mesma, bastante azeite, um dente de alho, o cavolo nero picado razoavelmente fino e refogado. depois é só misturar com a massa.
mas esta escolhida de hoje é uma massa típica do bar dell’orso, um bar histórico nas entradas de monteriggioni, cidadezinha medieval entre florença e siena. quem estiver de passeio pela toscana, não deixe de conhecer esse bar e sua cozinha. logo quando chegar, já peça pra separar o tiramisu, que é esplêndido e costuma acabar rápido.
voltando à massa, vamos aos ingredientes.
– massa longa (espaguete, tagliatele…) 400g
– 2 pratos fundos com o cavolo nero em tiras (em Saiba Mais
atendendo a pedidos do meu irmão, eis a lasanha ao pesto. andei meio sumida com as receitas porque aqui na Itália junho é quando termina a escola. se vive o mesmo rebuliço/correria que experimentamos em dezembro. num tem o natal, é verdade, mas tem o começo do verão e esse calor, as despedidas antes das férias, os projetos pra terminar, tudo isso faz o mês voar.
estive longe da internet, mas não da cozinha ;), aqui na minha casa recebo uma cesta do agricultor orgânica toda semana. mas a vida não é tão fácil como cliente dahorta que pode decidir se vai comprar ou não, de acordo com os produtos Saiba Mais
essa talvez seja a sopa mais tradicional da toscana. tá na competição com a papa ao pomodoro. mas essa é uma disputa que não precisa de vencedor e vencido, todas as duas têm seu lugar e sua hora. a ribollita é degustada preferencialmente no inverno, enquanto a papa ao pomodoro, se feita com tomates frescos, é uma sopa do verão.
o nome ribollita, já diz muito sobre esta receita, ri-bollita, como re-fervida. de fato dizem que a ribollita só apura o sabor na segunda vez que vem esquentada, uma máxima que deve ser respeitada se você quiser chegar ao sabor original desta receita. ou você pode fazer como se fazia Saiba Mais
pasta ao pesto é um clássico. adoro falar pasta ao pesto, ainda que no Brasil digamos massa e não pasta. essa aliteração do p dá outro gosto ao prato: pasta ao pesto e pronto!
como todo clássico é cheio de lendas e controvérsias, que você encontra facilmente nessa roça chamada internet. historicamente o mais importante é saber que a pasta ao pesto é um prato originário de Gênova, e o pesto genovês, é claro, é o mais famoso e difundido. quando você passa perto de Gênova, pode ver um monte de estufas nos morros que circundam a cidade. além de plantar o basílico, parece que aquela região produz muita flor. Saiba Mais
aproveitando o clima de páscoa e encontro familiar, eis a receita de berinjela à parmegiana do meu sogro. existem controvérsias sobre a receita original. minha sogra, Emilia, faz de um jeito. meu sogro, Olimpio, de outro que aprendeu com seu pai que provavelmente aprendeu com o pai dele e por aí vai. o Olimpio é sistemático com a cozinha: a outra receita ele não come, diz que não é tão boa. uma coisa eles não tem dúvida: por mais curioso que pareça, a verdadeira berinjela à parmegiana é napolitana.
a coisa é simples. sem muitas medidas precisas, toma um bocado de tempo, mas no final vale a pena. vou colocar Saiba Mais
ainda dá tempo de preparar essa receita napolitana para a páscoa. assim como o ritual religioso, a mesa também tem seu rito. na verdade os dois são ligados, especialmente na páscoa. o casatiello, é um pão que é feito e saboreado quando a carne já está liberada do preceito da sexta-feira da paixão, segundo meu sogro, quando ele era criança seu pai só deixava comer o casatiello depois do meio dia de sábado.
é uma receita para quem gosta de salame, gordura de porco, etc. mas também pode ser uma inspiração para se criar um pão especial de páscoa, sem carne para quem prefere. fiquei pensando que com pedaços de Saiba Mais
continuo na exceção, porque doce não é a minha especialidade. mas a crostata é daqueles doces nacionais, tipo o nosso doce de leite ou a goiabada com queijo. uma unanimidade italiana. e esta receita é a minha primeira crostata que realmente dá certo e que deixou um gostinho de quero mais (ou de “parabéns, teresa, você aprendeu).
conheço pessoas que a fazem como se não fosse nada. sem medidas, enquanto prepara o jantar e coloca os filhos pra dormir. pra mim não era assim tão fácil, então geralmente comprava a massa pronta no supermercado – tanto a massa podre como chamamos essa massa, quanto a massa folhada são fáceis de Saiba Mais
eu moro na Toscana, casada com um napolitano e, acredito, minhas receitas vão ser mais concentradas sobre a tradição destes dois lugares. mas começo quebrando a regra, com uma receita do norte da Itália, onde a manteiga é mais normal que o azeite. talvez seja por isso que eu goste tanto do pizzoccheri. apesar de adorar um bom azeite, tenho pra mim que a manteiga fala mais alto, fala das minhas origens mineiras, é o meu “oleo” por excelência.
uma das razões para começar com esta receita é que ela pode ser uma inspiração para novas pastas, até porque o pizzoccheri, que é um tipo de pasta retangular compridinha, feita Saiba Mais